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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Mitos Litúrgicos: Mito 02: Sacrário no Centro?


Este estudo é baseado no artigo "Mitos Litúrgicos", que escrevi e foi revisado por Sua Excelência Reverendíssima Dom Antonio Carlos Rossi Keller, Bispo da Diocese de Frederico Westphalen (RS).

"O Sacrário no centro é anti-litúrgico"

Não é.

O Santo Padre Bento XVI (Sacramentum Caritatis, n. 69) afirma que, se o Sacrário
é colocado na nave principal da Igreja, "é preferível colocar o sacrário no
presbitério, em lugar suficientemente elevado, no centro do fecho absidal ou
então noutro ponto onde fique de igual modo bem visível."

O Sacrário no centro tem, no espírito tradicional da Sagrada Liturgia, o
significado de dar a Jesus Eucarístico o destaque no lugar central.

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Comentário sobre este Mito (22/10):

É comum nós ouvirmos hoje o mito de que, após a reforma litúrgica depois do Concílio
Vaticano II, seria errado o Sacrário no centro das igreja e capela.

Isso é um equívoco, como a própria Carta Apostólica do Papa, no trecho em que citamos, bem como um simples olhar para o espírito tradicional da Liturgia.

Aliás, esta imagem que colocamos neste post é da capela privada do Papa, onde, como podemos ver, o Sacrário está no centro.

Antes de falarmos de aprofundarmos os aspectos disciplinares da questão, vamos olhar para a realidade espiritual da Eucaristia.

Para isso, continuamos a seguir, como nas postagens anterior, o Papa Bento XVI, na Carta Apostólica Sacramentum Caritatis e no seu maravilhoso livro "Introdução ao Espírito da Liturgia", onde existe um capítulo inteiro chamado (é o cap. IV do parte 2):

"A guarda do Santíssimo Sacramento".

Vamos ao cerne da questão:

Ensina-nos o Sagrado Magistério da Santa Igreja que Nosso Senhor Jesus Cristo está presente verdadeiramente no Santíssimo Sacramento do Altar, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, nas aparências do pão e do vinho, como afirma o Catecismo da Igreja Católica (Cat.), nos números 1374-1377. Ele se faz presente durante a Santa Missa, que é a renovação do Seu Único e Eterno Sacrifício, consumado de uma vez por todas na cruz e tornado presente no altar, pelas mãos do sacerdote (Cat. 1362-1372; 1411).

A respeito da importância da Adoração Eucarística, diz o Papa (Sacramentum Caritatis, n.66):

"...aconteceu às vezes não se perceber com suficiente clareza a relação intrínseca entre a Santa Missa e a adoração do Santíssimo Sacramento; uma objeção então em voga, por exemplo, partia da idéia que o pão eucarístico nos fora dado não para ser contemplado, mas comido. Ora, tal contraposição, vista à luz da experiência de oração da Igreja, aparece realmente destituída de qualquer fundamento; já Santo Agostinho dissera: « Nemo autem illam carnem manducat, nisi prius adoraverit; (...) peccemus non adorando – ninguém come esta carne, sem antes a adorar; (...) pecaríamos se não a adorássemos ». De facto, na Eucaristia, o Filho de Deus vem ao nosso encontro e deseja unir-Se conosco; a adoração eucarística é apenas o prolongamento visível da celebração eucarística, a qual, em si mesma, é o maior ato de adoração da Igreja: receber a Eucaristia significa colocar-se em atitude de adoração d'Aquele que comungamos."

E continua o Papa, falando sobre a Adoração Eucarística fora da Missa, diz o Papa (Sacramentum Caritatis, n. 66):

"De fato, na Eucaristia, o Filho de Deus vem ao nosso encontro e deseja unir-Se conosco; a adoração eucarística é apenas o prolongamento visível da celebração eucarística, a qual, em si mesma, é o maior ato de adoração da Igreja: receber a Eucaristia significa colocar-se em atitude de adoração d'Aquele que comungamos.Precisamente assim, e apenas assim, é que nos tornamos um só com Ele e, de algummodo, saboreamos antecipadamente a beleza da liturgia celeste. O ato de adoração fora da Santa Missa prolonga e intensifica aquilo que se fez na própria celebração litúrgica."

E ainda (n. 67):

"Juntamente com a assembléia sinodal, recomendo,pois, vivamente aos pastores da Igreja e ao povo de Deus a prática da adoração eucarística tanto pessoal como comunitária. Para isso, será de grande proveito uma catequese específica na qual se explique aos fiéis a importância deste atode culto que permite viver, mais profundamente e com maior fruto, a própria celebração litúrgica. Depois, na medida do possível e sobretudo nos centros mais populosos, será conveniente individuar igrejas ou capelas que se possam reservar propositadamente para a adoração perpétua. Além disso, recomendo que na formaçãocatequética, particularmente nos itinerários de preparação para a Primeira Comunhão, se iniciem as crianças no sentido e na beleza de demorar-se nacompanhia de Jesus, cultivando o enlevo pela sua presença na Eucaristia."

Existe uma objeção que, sem que haja uma negação expressa da doutrina católica sobre Presença Real e Subtância de Nosso Senhor na Hóstia Consagrada, é colocada por muitos que se opõe a pratica da Adoração Eucarística fora da Santa Missa:

"No primeiro milênio da Igreja não era comum a prática da Adoração Eucarística fora da Missa, e neste tempo não havia Tabernáculo para conservar o Santíssimo Sacramento".

O que pensar em relação a isso?

Responde o Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI ("Introdução ao Espírito da Liturgia"), partindo da questão do Sacrário (Tabernáculo):

"As igreja do primeiro milênio não conhecem Tabernáculo. (...) O Tabernáculo como tenda sagrada, como sítio da Schekhina, da Presença do Senhor Vivo, só se desenvolveu no segundo milênio, como fruto de esclarecimentos teológicos dolorosamente alcançados, em que se destaca nitidamente a Presença do permanente de Cristo na Hóstia transubstanciada."

E ainda, expondo e contrapondo-se as idéias "arqueologistas" (que consideram que precisaríamos retornar para as mesmas formas litúrgicas do primeiro milênio), afirma o Papa:

"Aqui atravessa-se-nos no caminho a teoria da curruptibilidade, a canonização do primordial e o romantismo do primeiro milênio. É habitual considerar que a transubstanciação (a transformação do pão e do vinho), a adoração do Senhor através do Sacramento, o Culto Eucarístico com custódia e procissão - tudo isso seriam equívocos medievais que devem ser abandonados de uma vez por todas."

E logo após, como é evidente, o Papa reafirma que a Santa Igreja sempre teve muita clareza a respeito da Presença Real e Substancial de Nosso Senhor na Hóstia Consagrada:

"Já Paulo expõe peremptoriamente a transformação do pão e do vinho em Corpo e Sangue de Cristo como um fato de ser O Ressuscitado, Ele próprio, que está aqui, oferecendo-se-nos para comer. A ênfase, com que em Jo 6 é realçada a Presena Real, quase não tem igual. Também os primeiros Padres da Igreja - referimo-ns a Justino, o Mártir, ou a Inácio de Antioquia - não tem a mínima dúvida acerca do Mistério desta Presença, que nos é oferecida na transformação dos dons na Oração Eucarística. Até um teólogo tão virado para o espiritual como Agostinho, nunca manifestou nenhuma dúvida."

E se a Adoração Eucarística fora da Missa é uma prática que se desenvolveu no segundo milênio, é importante lembrar que a ciência litúrgica, assim como outras ciências, também evoluem. É claro que NÃO em um sentido de ruptura de doutrina (pois o Sagrada Magistério da Igreja é infalível em matéria de fé e moral; ver Catecismo da Igreja Católica, n. 2035), mas em um sentido de uma consciência cada vez mais clara que a Santa Igreja, conduzida pelo Espírito Santo, adquire a respeito dela mesma.

Foram exatamente em oposição as heresias surgidas, negando a Presença Real e Substancial de Nosso Senhor na Hóstia Consagrada, que se desenvolveu com mais força o costume da adoração prolongada ao Santíssimo Sacramento e as maravilhosas procissões eucarísticas, quando os católicos saem as ruas para proclamar a sua fé eucarística: É DEUS!

Sobre este assunto, o Pe. Paulo Ricardo, da Arquidiocese de Cuiabá-MT, afirmou em sua entrevista:

"Nos tempos que correm, nós não podemos nos dar ao luxo de arqueologismos litúrgicos."

Um comentário:

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